Contratransferência: Identificação e Manejo Terapêutico

Identificação e Manejo da Contratransferência na Terapia 🧠💭

Entenda os sinais, tipos e o manejo terapêutico da contratransferência, com base na teoria de Gabbard.

Identificação e Natureza da Contratransferência

A contratransferência, como fenômeno psicanalítico, surge muitas vezes de forma inconsciente. Ela pode ser inicialmente identificada através de sonhos e reações emocionais não reconhecidas durante a terapia. Gabbard afirma que a contratransferência deve ser trabalhada de maneira que beneficie o processo terapêutico, envolvendo uma colaboração mútua entre paciente e terapeuta. 🛋️🌿

Tipos de Contratransferência

  • Contratransferência Concordante: Quando o terapeuta se identifica com o eu projetado pelo paciente.
  • Contratransferência Complementar: Quando o terapeuta se identifica com o objeto interno projetado pelo paciente.

Contenção e Metabolização da Contratransferência

O terapeuta deve refletir sobre suas reações e separar suas próprias emoções daquelas originadas pela dinâmica com o paciente. Este processo é crucial para que o terapeuta consiga atuar de forma clara e centrada. 💡

Princípios de Manejo Terapêutico

Principais Princípios

  • Tolerar antes de interpretar: O terapeuta deve metabolizar o afeto antes de agir.
  • Mentalizar a diade: Refletir sobre o que está acontecendo na relação terapêutica.
  • Nomear sem acusar: Descrever o campo relacional sem colocar culpa em ninguém.

Vinhetas Clínicas (Exemplos Específicos)

  • Depressão Grave – Contratransferência Concordante: O terapeuta sente-se desanimado e sem criatividade, o que reflete o desamparo do paciente.
  • Transtorno de Personalidade Borderline – Encenação de Abandono/Raiva: O terapeuta experimenta a urgência de reparar e sente-se ansioso quanto à perda do paciente.
  • Narcisismo – Sentir-se Diminuído ou Provado: O terapeuta pode se sentir atraído ou desafiado pela grandiosidade do paciente.

Passos Operacionais (Checklist Rápido)

  • Rotule internamente o afeto (ex: "estou com raiva").
  • Pare 5–10 segundos e pense: “O que isso me convida a fazer?”
  • Mapeie a posição: concordante ou complementar? Há encenação em curso?
  • Escolha a micro-tarefa: conter, clarificar, interpretar, ou apenas marcar presença.

© 2025 - Manejo Terapêutico e Contratransferência

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.