Massacre da Praça da Paz Celestial - 30 Anos

O Massacre da Praça da Paz Celestial - 30 Anos 🌏

O que aconteceu em 1989?

"Manifestantes acampados no centro de Pequim foram atacados por tanques de guerra e metralhadoras. Ainda hoje o assunto é proibido na China." 🇨🇳

Entre as dez da noite de 3 de junho e o amanhecer do dia 4 de junho de 1989, o exército chinês atacou os civis de seu próprio país. Centenas, talvez milhares de pessoas foram mortas nas ruas de Pequim – as estimativas variam muito. De trabalhadores que simplesmente andavam pela rua até estudantes que protestavam no centro da capital, pessoas desarmadas foram alvejadas por metralhadoras. 🚨

Tanques de guerra manobraram pelas avenidas da cidade, dando tiros na direção dos manifestantes. Ambulâncias tentando transportar feridos também eram atacadas, e os hospitais recebiam ordens de não prestar atendimento às vítimas. Até hoje, o governo chinês proíbe qualquer menção ao assunto. Mas o Massacre da Praça da Paz Celestial continua sendo lembrado e comentado no mundo inteiro. 🌍

O Ícone do Protesto

Na noite do ataque, poucas pessoas morreram na praça em si. Boa parte das vítimas foi alvejada nas ruas e avenidas do entorno. Mas a praça ficou marcada pelo acontecimento porque, desde 13 de maio, milhares de estudantes estavam acampados ali, fazendo greve de fome. Foi também nos arredores do local que câmeras de TV de emissoras ocidentais registraram o momento mais icônico do episódio: na manhã do dia 5, quando o exército já controlava a situação, mas centenas de manifestantes ainda tentavam retomar o controle sobre a praça, um jovem usando uma camiseta branca se posicionou diante de um tanque. 🧑‍🦱🚜

O soldado tentou manobrar o veículo, mas o jovem se movia para o lado, impedindo a passagem. O manifestante chegou a subir sobre a máquina. Posicionado ali, trocou algumas palavras com o militar. Na sequência, foi afastado por colegas manifestantes. Até hoje a identidade desse jovem é desconhecida. Não se sabe o que aconteceu com ele.

Contexto Histórico

O massacre foi resultado de uma escalada de incidentes que havia começado em abril. Em 1989, fazia uma década que a China vinha realizando uma série de reformas, políticas e econômicas. A imprensa contava com certa liberdade, a rede de universidades havia sido ampliada e a economia de mercado vinha sendo implementada gradualmente. A população estava insatisfeita com a lentidão das reformas políticas, além de sofrer com inflação e desemprego.

As mudanças conduzidas pelo líder Deng Xiaoping haviam viabilizado o surgimento de uma classe de estudantes e intelectuais insatisfeitos com a situação. Esse movimento culminou em manifestações massivas. 📝

A Violência e o Silenciamento

Os estudantes haviam também conseguido apoio popular, e não só na capital. Ao fim do mês, havia protestos e greves em mais de 400 cidades da China. Enquanto isso, o governo tentava controlar a situação com a mobilização de tropas e a declaração de lei marcial.

Mas a violência se intensificou com o uso de tanques e atiradores para conter a manifestação. O governo só retirou a lei marcial em janeiro de 1990, mas a repressão continuou com milhares de prisões.

Repercussão Internacional

A repercussão internacional foi tão negativa que Europa e Estados Unidos estabeleceram um embargo para a venda de armas à China. Esse embargo nunca foi retirado. No entanto, o governo chinês manteve o silêncio sobre o evento, e ainda hoje, qualquer menção ao massacre é barrada no país. 🚫

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