Recomendações aos Médicos que Exercem a Psicanálise

Recomendações aos Médicos que Exercem a Psicanálise 🧠💡

“As regras técnicas que estou apresentando aqui, alcancei-as por minha própria experiência, no decurso de muitos anos, após resultados pouco afortunados me haverem levado a abandonar outros métodos.”

O médico deve voltar seu próprio inconsciente, como um órgão receptor, na direção do inconsciente transmissor do paciente, ajustando-se como um receptor telefônico se ajusta ao microfone transmissor. O inconsciente do médico é capaz de reconstruir o inconsciente do paciente a partir dos derivados do inconsciente que lhe são comunicados. Para utilizar o inconsciente como instrumento de análise, o analista deve passar por um processo de purificação psicanalítica e estar ciente dos próprios complexos que podem interferir na interpretação do paciente.

O analista deve estar livre de resistências internas que possam ocultar de sua consciência aquilo que foi percebido pelo inconsciente. A repressão não resolvida no psicanalista é descrita como um “ponto cego” em sua percepção analítica. Portanto, quem deseja realizar análises em outras pessoas deve ser analisado por um profissional capacitado e com conhecimento técnico. Esse processo de autoanálise é essencial para o crescimento e a compreensão da mente, permitindo ao analista aprender não apenas com livros, mas com a experiência direta.

Importante: A análise pessoal do médico não é apenas uma ferramenta para melhorar sua técnica, mas também uma forma de evitar que suas próprias questões pessoais interfiram no processo terapêutico do paciente.

Quem não se dedicar a essa precaução, se tornando um analista não analisado, não só ficará incapaz de aprender sobre seus pacientes, mas correrá o risco de se tornar uma ameaça para eles. O analista pode facilmente cair na tentação de projetar suas próprias peculiaridades e complexos na mente do paciente, comprometendo a eficácia do tratamento.

Psicanálise e Inconsciente

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