Carvão Mineral

Carvão Mineral no Brasil

Carvão Mineral

O carvão encontrado em território brasileiro está em uma fase menos avançada de transformação geológica, o que o torna inadequado para uso na siderurgia, por exemplo. Por isso, é necessário importar o carvão betuminoso (hulha) consumido nas siderúrgicas brasileiras, pois a destilação desse tipo de carvão produz o coque siderúrgico, um resíduo sólido resistente à compressão cuja queima aquece os altos-fornos usados na depuração ou redução do minério de ferro, essencial para a produção de aço.

Até 1990, as companhias siderúrgicas eram legalmente obrigadas a utilizar uma mistura de 50% de carvão nacional com 50% de carvão importado. Com a revogação dessa lei, as empresas passaram a consumir somente o carvão importado, de qualidade muito superior. A produção nacional de carvão metalúrgico foi bastante reduzida, caindo de 1,2 milhão de toneladas em 1988 para 0,09 milhão em 2002, conforme mostra a tabela abaixo.

Tabela de Produção de Carvão Metalúrgico (1988-2002)

Ano Produção (milhões de toneladas)
1988 1,2
2002 0,09

Embora existam jazidas de carvão mineral em Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas e Acre, elas são muito pequenas e pouco espessas. Apenas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná as camadas de carvão apresentam viabilidade econômica para exploração. No Rio Grande do Sul, encontra-se a Jazida de Candiota, a maior do país, porém seu carvão é de baixa qualidade, tornando inviável beneficiá-lo e transportá-lo a longas distâncias. Por isso, é utilizado somente em usinas termelétricas locais, como a de Canoas e a de Candiota, e seu consumo se restringe às cercanias das áreas de extração.

No Brasil, o consumo de carvão mineral representa apenas 0,5% do consumo mundial. Em 2002, cerca de 62% do carvão consumido no país era importado e utilizado em empresas siderúrgicas, 33% em usinas termelétricas próximas às jazidas e os 5% restantes em indústrias de celulose, cerâmica, cimento e carboquímicas.

Em Santa Catarina, concentram-se cerca de 41% da produção do carvão energético e 100% do metalúrgico. O Rio Grande do Sul fornece aproximadamente 58% do carvão energético e o Paraná, cerca de 1% do total de carvão produzido no país.

Na foto de 1998, vista da termelétrica de Candiota, em Bagé (RS). No Brasil, as usinas termelétricas movidas a carvão mineral sempre se localizam próximo às jazidas porque o transporte do produto a longas distâncias é economicamente inviável.

Vista da termelétrica de Candiota, em Bagé (RS)

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